" Eu não me importo se você é branco , negro , hétero , bissexual , gay, lésbica , baixo , alto , gordo , magro , rico ou pobre . Se você for gentil comigo , eu serei gentil com você simples assim " ( Eminem )

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Quase me tornei uma estatística.

          No dia 30/12/2016 Sexta-Feira,  eu encontrei um amigo, quando voltava da minha caminhada. Ele me chamou para tomar uma cerveja e então me convidou para um pré-reveillon, que aconteceria na casa dele. Já estava tarde, mas decidi ir. Lá encontrei meu ex-ficante com o namorado dele e toda a galera que eu curto tanto. Meu ex me pegou falando bem dele pro atual. O atual me fez um sinal enquanto eu falava e ao olhar pra trás, meu ex ficante estava lá, ouvindo tudo. Fiquei sem graça, mas no fim, ele me pegou falando coisas lindas dele...De alguém que quase foi meu namorado. Só quero que ele seja muito feliz.♥
           Eu bebi horrores, mas como sou muito resistente, não fiquei chapado. Desci a pé do local onde ele mora e chegando perto da minha casa, decidi caminhar um pouco mais. Sim, já passava das duas da madruga, mas tenho dessas coisas.  Cruzei com um cara e começamos a caminhar juntos, lado a lado. Conversamos muito e depois de muitas indiretas decidimos ficar. Eu o levei para um lugar afastado e no caminho, cruzamos com dois caras que provavelmente estavam querendo usar drogas. 
         
            Eu levei de boa, cumprimentei os caras e saí, mas ele ficou todo desconfiado. Continuamos andando e chegamos ao local onde queria. Escuro, perfeito para fazermos sacanagens que quiséssemos. Distraído, recebi um golpe muito forte na nuca. Caí no chão, tonto, sem entender nada do que havia ocorrido. Foi então que percebi, ele havia me golpeado. Eu estava no chão, mal conseguia me levantar. Tonto. Perguntei por que havia feito isso, já que não dei motivos.
            Mas ele me disse que eu cumprimentei os caras, que eu estava o levando a uma emboscada. Ele estava surtado e disse que me eliminaria, ali, naquele momento. Consegui me levantar e explicar, que cumprimentei eles por educação, e não cumprimentar alguém que pode te fazer mal, é perigoso, por isso falo ao menos um "oi" com todos. Tive de  jurar que não os conhecia. Quis voltar e perguntar a eles na frente dele, mas ele não aceitou. 

           Achei que tudo estava perdido, e ouvindo ele dizer várias vezes que poderia me eliminar se quisesse. Pedi que me matasse logo, mas que não me deixasse sofrer. Que fosso rápido então. Eu chorava muito, e morrer, diante das situações que me angustiavam, não pareciam má ideia. Ele parou por alguns segundos e explicou que era policial disfarçado. Estava a procura de um traficando aqui na região e me confundiu com ele. Estava tentando arrancar algo de mim e aqueles dois rapazes na rua, que cruzou nosso caminho, foi o estopim para que ele achasse de fato que eu vendera drogas, ou o encurralaria. 

            Chorei muito. Machuquei o ombro esquerdo na queda e o dedão esquerdo do pé. Manquei muito no trabalho no dia seguinte por conta disso. Inventei aos amigos que havia dado uma topada na mesa a noite, no escuro. Ontem, 01/01/2017 Domingo, o meu dedão ainda estava muito inchado. Por sorte estava de folga. Vendo minhas lágrimas, e percebendo minha inocência, ele se desculpou várias vezes. Pegou meu rosto com suas mãos. Me abraçou. Pegou o celular e chamou uma viatura, para me levar para casa. Eu recusei, saí mancando pela rua. Ele me seguia pedindo perdão e repetindo toda sua motivação.

         Estava longe do local, então percebi que havia perdido meus óculos. Não teria grana para comprar outro tão em breve, então retornei. Ele disse que me ajudaria. Conversamos muito ainda. Disse que já havia perdoado ele bem antes dele me golpear. Como ele poderia saber? E ele era tão fofo. Pedi para que ficasse comigo e fiz oral nele. Foi bom, demorado. Ele é bem gostoso, gordinho, um tesão. Parece que mora nos arredores do lugar para onde me mudei. Ele não gozou, disse que qualquer hora dessas iríamos terminar o que começamos. Duvido. Nunca mais o verei. Só hoje me dei conta de que nem lembro do rosto dele.
          Se ele é policial mesmo? Bom, antes de me golpear, ele parecia meio bobo, mas fofo e gentil. Mas depois que me levantei daquele chão, vi um homem diferente, sóbrio e sensato. Ele arrancou uma blusa e por baixo, havia uma camiseta preta escrito Segurança... Ou seria polícia? Nem me lembro direito. O fato é, eu poderia ter virado estatística. Encontrariam meu corpo e nem saberiam  a motivação do crime. É importante citar, ele disse que eu deveria denunciá-lo. Disse que iria comigo e confirmaria tudo. Acho que sim, ele é policial. E o fato de ter saído de lá mancando, o deixou chateado. Ele queria mesmo me levar de viatura.

          No mais, quase chegando em casa, dei umas olhadas para um cara que descia, assim como eu, para o centro, a pé. Nós ficamos e eu consegui ser o ativo naquele momento. Não senti nada. Acho que foi a camisinha, sei lá. Esperava que houvesse mais atrito e eu sentisse mais prazer, mas não foi tão bom. Fingi que havia gozado e ele gozou enquanto eu o penetrava e masturbava ele. O cara é gente boa e pegou meu telefone. Espero que não ligue, acho que não curto caras mais femininos que eu... Bobagem isso? Preciso pensar a respeito.

          Escapei de me tornar uma estatística. Quando disse pra ele me matar, havia verdade nas minhas palavras. Acho que não me importaria. Mas fiquei feliz por conhecer ele. Sério, o cara era super gente boa, ou parecia ser. Meu troféu foi ter chupado ele. A cidade grande vai me trazer boas histórias para o blog afinal. Feliz Ano Novo♥ E cuidem-se. Na sejam loucos como eu, ou sejam, sei lá. Mas sejam sempre responsáveis por suas ações!
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