Sem dúvidas, uma das alegrias deste ano foi conhecer o reality Ru Pauls Drag Race, e não poderia ter sido em um momento mais adequando, quando eu procurava exatamente saber mais sobre este universo.
Hoje recebi um feed maravilhoso na minha página do Facebook, com uma entrevista com o próprio {a} Ru Pauls para a Folha de São Paulo. Vou postar aqui a entrevista, mas quem quiser conferir na integra, é só clicar aqui.
Folha - Você costuma exaltar em seu programa uma vida baseada no glamour. Falta glamour na vida das pessoas?
RuPaul - Durante a administração do [ex-presidente americano, George W.] Bush estava tudo muito chato. Os EUA pareciam sem vida e tristes. A sociedade americana é como uma balança. Após [os atentados de] 11 de setembro, o conservadorismo tomou conta do país e, agora, tudo está melhor. Mas em algum momento a caretice deve voltar.
Há algum remédio anti-caretice?
É muito importante gargalhar, rir alto mesmo, e usar cores e texturas no dia dia. Viver a vida sem se levar muito a sério e dançar. Mas é preciso ter cuidado ao fazer isso, pois somos um perigo para a sociedade conservadora e se expor demais às vezes pode ser realmente perigoso. É que, no fundo, eles [os conservadores] sabem que todos estamos "in drag".
Como assim?
Veja, as drags usam uma máscara de alegria, assim como todas as pessoas. As "queens" causam medo por mostrarem que, em geral, todos usam uma capa. Elas lembram que as pessoas são muito mais do que acham que é e isso se torna uma ameaça para a sociedade.
Gosta muito de política, ao que parece.
Querido, ser drag queen, hoje, é um ato político.
Qual é a grande diferença ente a vida noturna dos anos 1990 e a de agora?
As pessoas se misturavam antigamente. Pretos, brancos, gays, héteros, bis, draqs... todos iam aos mesmos lugares. Hoje é tudo polarizado e parece haver um lugar para cada tipo de gente. No seu país, gosto que as pessoas se permitam misturar.
Nem tanto...
Basta dizer que, aí, nascem negros de olhos verdes. Nos EUA, isso é impossível.
O que gosta no Brasil além dessa mistura?
Os brasileiros são sexualmente mais abertos, ao passo que os americanos têm vergonha de sua sexualidade. É tudo muito frio e calcado na religião no que tange o sexo aqui. Não que o Brasil não seja religioso, mas aqui é algo que aprisiona a maioria da população, machista e preconceituosa.
RuPaul - Durante a administração do [ex-presidente americano, George W.] Bush estava tudo muito chato. Os EUA pareciam sem vida e tristes. A sociedade americana é como uma balança. Após [os atentados de] 11 de setembro, o conservadorismo tomou conta do país e, agora, tudo está melhor. Mas em algum momento a caretice deve voltar.
Há algum remédio anti-caretice?
É muito importante gargalhar, rir alto mesmo, e usar cores e texturas no dia dia. Viver a vida sem se levar muito a sério e dançar. Mas é preciso ter cuidado ao fazer isso, pois somos um perigo para a sociedade conservadora e se expor demais às vezes pode ser realmente perigoso. É que, no fundo, eles [os conservadores] sabem que todos estamos "in drag".
Como assim?
Veja, as drags usam uma máscara de alegria, assim como todas as pessoas. As "queens" causam medo por mostrarem que, em geral, todos usam uma capa. Elas lembram que as pessoas são muito mais do que acham que é e isso se torna uma ameaça para a sociedade.
Gosta muito de política, ao que parece.
Querido, ser drag queen, hoje, é um ato político.
Qual é a grande diferença ente a vida noturna dos anos 1990 e a de agora?
As pessoas se misturavam antigamente. Pretos, brancos, gays, héteros, bis, draqs... todos iam aos mesmos lugares. Hoje é tudo polarizado e parece haver um lugar para cada tipo de gente. No seu país, gosto que as pessoas se permitam misturar.
Nem tanto...
Basta dizer que, aí, nascem negros de olhos verdes. Nos EUA, isso é impossível.
O que gosta no Brasil além dessa mistura?
Os brasileiros são sexualmente mais abertos, ao passo que os americanos têm vergonha de sua sexualidade. É tudo muito frio e calcado na religião no que tange o sexo aqui. Não que o Brasil não seja religioso, mas aqui é algo que aprisiona a maioria da população, machista e preconceituosa.
Eu adoro Drags, e estou acompanhando todas temporada de Drag Race. Comecei pela 5º temporada e agora estou na primeira pra seguir a ordem. Maravilhosos. Fica a dica pra quem curte.