" Eu não me importo se você é branco , negro , hétero , bissexual , gay, lésbica , baixo , alto , gordo , magro , rico ou pobre . Se você for gentil comigo , eu serei gentil com você simples assim " ( Eminem )

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Saidinha - Mas não dá pra fugir!

     Esta semana fui a uma festinha, dessas do interior, festa junina. Lá foi divertido, dancei e aproveitei o momento... Mas daí, vieram olhares ao encontro dos meus, aquele alemão lindo, de sorriso perfeito, que certa vez  conversara comigo em meu trabalho. Não sei se ele me reconheceu... Mas a questão é, ainda dói quando me apaixono por sorrisos, por olhares ou por uma boa conversa.

     Havia um outro carinha, próximo ao banheiro, que trocou olhares comigo, mas não dei muita bola, detesto dar pinta próximo a minha casa ou no local onde há pessoas conhecidas. Não é por mim, sério, por mim foda-se se alguém vai me achar afeminado ou coisa parecida, mas pela minha família. Respeito muito minha família e todos estavam lá, logo, qualquer flerte seria inviável, ou uma faca de dois gumes. 
      Meu coração aperta, dói um pouco, mas passa. São momentos de tristeza que até podem ser bons, dependendo de que ângulo se observe. As vezes penso que pra sair do armário, só falta um detahe: encontrar aquele “boy magia” que vai me fazer esquecer quem sou, ou de onde vim... Só vai me fazer pensar pra onde vou. Com ele, claro. 

Boa semana para todos. 

domingo, 16 de junho de 2013

Um Gene Defeituoso

     E quando o passado te assombra? Se ele te assombra é por que você ainda não se resolveu consigo mesmo. O meu não me assusta mais... Eu discutiria meu passado com qualquer criatura que cruzasse meu caminho... É passado, já foi, e isso é o que me torna eu mesmo.
     Fui buscar no meu interior os resquícios mais antigos de homossexualismo presentes em meu DNA. Me peguei observando o pênis do meu Padrasto, seu formato diferente do meu, a glande exposta mesmo quando flácido... Hoje percebo que é o meu formado ideal de pênis, mas não pensem que senti qualquer sentimento para com o meu Padrasto que não tenha sido admiração e amor de filho. Mas alí já estavam os sinais de uma criança diferente. Isso quando eu tinha menos de 6 anos...

     Lembrei das filas na escola, aqui já maiorzinho, por volta dos 10/12 anos. Tinha um garroto chamado Marlom que ficava na minha frente na fila, antes de entrar na sala de aula. Eu sempre dava um jeito de enconstar atrás dele, tirar um mínimo sarro possível e sim, eu ficava muito excitado. Aquele garoto povoava meus sonhos mais proibidos do quais não fazia questão de ter... Medo, medo de tudo. Era anormal, mas a mim, nem parecia errado e ele foi talvez, a minha primeira paixão masculina na infância. Como eu gostaria de vê-lo hoje... Como seria sua aparência atual? De que forma amadureceu? Estaria gordinho? Cabelos encaracolados? Seria ainda lindo pra mim?

    Me apaixonei por um professor, ainda aos 15/16 anos. Nossa, até hoje lembro do quanto ele me cativava. Ele nem era exemplo de beleza, mas tinha algo nele que me atría feito um ímã. Ele era alto, moreno e muito carismático. Lembro que certa vez ele nos levou em um lago e foi incrível vê-lo lá, perfeito, peludo e sem camisa. 

      Tinha também um vizinho meu que sem dúvidas era gay, mesmo que no armário. Ele me chamava na casa dele, me mostrava o pênis e coisas do tipo... E eu era bem pequeno, quase nem me lembro dele, mas era um tipo lindo e alto. Acho que para crianças, adultos são sempre altos. Lembro de um dia quando fomos na casa dele tomar banho de piscina e havia um amigo dele, de outro bairro lá. Eu e meu amigo {que hoje é gay - Coincidência?} ficamos de um lado da piscina enquanto eles, do outro lado, lavavam o pênis, com a glande exposta e jogavam a água para o nosso lado... Mas nunca houve contato, nunca em nenhum caso anterior houve algo sexual...

     Uma das lembranças "romantizadas" que trago no meu coração foi com esse vizinho. O nome dele era Cleber. Certo dia, numa brincadeira de esconde-esconde no escuro, em uma casa em construção, eu estava lá, com as mãos pequenas cobrindo o rosto e enconstado no canto da construção, com a esperança de não ser encontrado... Ele era bem maior, talvez até 8 anos mais velho. Então ele chegou por trás de mim e me tocou, encostando todo o seu corpo nas minhas costas. Isso nunca vai me deixar, essa lembrança é parte de mim, do meu eu. Fui as nuvens... Foi incrível. Mas não de forma sexual. Como disse, foi apenas romantizado. Nem imagina o que era atração sexual até então. 

     Lembro de uma vez, embaixo desta mesma casa em construção, citada anteriormente, estavamos eu e mais uns 6 amiguinhos, todos com idades que variavam desde os 8 até os 15 anos... Um amiguinho mais veho tinha uma revista proibida, com um casal hétero. Começamos a debater o quão sem graça era a mulher  fazer sexo oral no cara e então, um dos mais velhos, o Luiz, tirou o pênis pra fora e todos, um de cada vez, chupamos ele. Não foi nada divertido e foi bem repulsivo para todos nós. Não conhecíamos o sexo, o prazer e foi bem ridículo. Lembro até hoje, foi como chupar um dedo de outra pessoa. Não havia gosto, era estranho mesmo. Ele deve ter gostado, isso é fato. Era maior e já entendia bem mais que nós. 

     Lembrei de certa vez, em uma festa infantil, onde brincávamos em muitas crianças, meninos e meninas, isso no quarto da minha vizinha. Alguém ficava apagando as luzes e se houvia gritos e muita bagunça. Em um momento de apagão, o sobrinho da minha vizinha tentou me tocar no pênis. Ele era bem menor {ou tinha  a minha idade, não lembro} e eu fiquei bem incafifado com o fato. Achei deveras estranho. Como disse, o sexo não existia pra mim {não que tenha mudado tanto, haha}. Lembro que era gamado no Pai desse garoto, ele sim me teria despertado algo. Sempre gostei dos caras mais velhos.

     Certa vez um amigo {vizinho} foi lá em casa, e eu e meu irmão e ele brincávamos no quarto. Por fim lembro que pegamos um lençol ou cobertor e nos cobrimos, eu e meu vizinho, encostados na parede do quarto. Nos tocamos. Ele tinha fimose e reclamava quando eu baixava demais a pele do seu pênis... {esse também é gay hoje}

     Lembrei de algo dramático agora, quando bem menor, talvez por volta dos 6/7 anos, tinha um garoto bem branquinho com quem brincava perto de casa. Começamos a nos tocar e eu peguei a pele do pênis dele e puxei demais para baixo. Começou a sangrar e entramos em pânico. Por fim dissemos as nossas mães que fora uma formiga no momento em que ele foi mijar... Crianças não mentem.

    Por fim, o que me trouxe maior transtorno e que sem dúvidas, ainda está nas memórias obscuras de certos vizinhos. Certa tarde de final de semana, eu e meu amigo, influenciados por dois garotos mais velhos, fizemos um "troca-troca"... Sim, foi nojento e constrangedor. Não existia maldade e só ficávamos um em cima do outro, sem saber o que fazer... Daí, um dos filhos da puta que nos incentivou, chamou nossas Mães e a porra ficou séria. Se pudesse retornar ao passado, a única coisa que alteraria seria isso. 

     Bom, agora vocês sabem mais de mim, e se você não é gay e está lendo isso, sabe que ser gay não é modismo, é fato e tal fato se manifesta desde bem cedo, cedo até demais... 

Uma ótima semana a todos,
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