Filmes e Sentimentos Despertados...

     Hoje, assistindo ao maravilhoso "O Desabrochar de Maximo Oliveros", eu percebi algo triste, lastimável e que por um momento me jogou no chão da tristeza... Eu nunca tive um amor correspondido. Ser gay é realmente um fardo absurdamente doloroso. Por toda a minha existência, tive apenas o que se passou em minha cabeça. Minhas ilusões. Minha paixões platônicas, que nunca passaram disso... Utopias, sonhadas no máximo da ilusão. 

       Tenho medo de me tornar amargo, sombrio, melancólico... Meu coração está tão rígido, que um suspiro mais profundo pode destroçá-lo. Mas calma, estou ótimo. São picos de emoções. Momentos tão fugazes que somem fácil...

     Eu adoro "fingir" que acredito no espiritismo, em reencarnação. Ah, como seria maravilhoso viver outra vida. Nascer diferente, fazer diferente, ser diferente... Dói tanto perceber que a cada dia me torno mais ateu, tentando buscar em fragmentos religiosos coisas que não fazem mais sentido. 

      Duas taças de vinho. Eu queria a vinícola inteira pra mim. O álcool é um refúgio lindo para os adultos. Melhor que sexo. Dura mais... Fica mais tempo em nós. Ah, o sexo. 30 anos, e não sei como é isso... mas isso também não importa. Pra quem nunca teve um amor correspondido, sexo é só mais um detalhe insignificante.

     Enfim, o filme é maravilhoso. Ver um garoto como o Maxi já tão decidido do que quer. Eu na idade dele, era tão confuso e triste quanto sou agora. Queria morrer e renegava qualquer traço de "viadagem" em mim. Maxi é feminino e aceito por toda sua família, composta apenas por seu Pai e dois irmãos. O garoto acaba sendo a figura "feminina" na casa, cuidando de todos e de tudo. Apaixonado por um policial mais velho, claro, Maxi acaba expondo sua família de criminosos, ladrões, e põe em risco vida de seu jovem amor. O Policial, por quem maxi é apaixonado, inclusive, é um homem belíssimo. Só ele já vale o filme. Vejam!

     Beijos queridos♥